Conheça o alquimista que teria inspirado Frankenstein

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Por AE Brasil el 03 de November de 2022 a las 20:49 HS
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Por trás da criação do clássico Frankenstein há um grande mistério.

É bem difundida a história de que a autora da história do monstro Mary Shelley (1797-1851), então com apenas 19 anos, teve a ideia de criar seu livro de horrores durante as férias, em uma noite de verão chuvosa na Dinamarca com amigos. 

O que não é claro até hoje é como Shelley chegou ao nome de Frankenstein. Acredita-se que ela se inspirado em alguma das suas viagens pela Alemanha, em especial pela região de Darmstadt. Ali, ela pode ter escutado o folclore local sobre o Burgo de Frankenstein (que era um nome comum de família) e sobre o alquimista alemão Johann Konrad Dippel, que viveu uma vida parecida com a de Victor Frankenstein, do romance da escritora.

Dippel nasceu em 10 de agosto de 1673, no castelo de Darmstadt, que alguns anos antes, de 1252 a 1662, abrigou a família Frankenstein. O pai de Dippel era um pastor luterano que foi viver o castelo por conta das perseguições religiosas da Alemanha naquele tempo. 

Seres humanos deformados

O garoto cresceu e se tornou um alquimista que dava o que falar entre os aldeões. Havia a lenda de que no seu laboratório Dippel produzia homúnculos, ou seja, seres humanos diminutos e deformados. O folclore da região também o acusa de arrebentar corpos na tentativa de trazer mortos à vida. Diziam que em um laboratório secreto, Dippel estava buscando pelo "segredo da vida" e, para isso, fervia ossos e cabelos com manchas de ferro e coágulos sanguíneos.

O alquimista passou algum tempo procurando o Arcanum Chymicum, um composto alquímico que seria um "elixir da vida". Dippel acreditava que esse composto poderia mantê-lo vivo até os 135 anos. Acredita-se, no entanto, que o cientista teria morrido envenenado aos 61 anos em um desses experimentos em busca da longevidade. 

Chumbo em ouro

Certo mesmo é que o alquimista perseguia a riqueza, já que tentou transformar chumbo em ouro. Ele chegou a montar um laboratório em Berlim para realizar seu experimentos neste sentido. Mas suas pesquisas nunca deram o resultado desejado e ainda foram consideradas ultrapassadas por grandes nomes da época como Isaac Newton e Robert Boyle.

Dippel contribuiu com a descoberta do pigmento azul-da-prússia, usado por tintureiros e pintores. Porém, talvez, sua maior contribuição tenha sido a inspiração para o clássico até hoje influente de Mary Shelley.

 




Fontes: Superinteressante, HuffingtonPost 

Imagem: Anton_Ivanov/Shutterstock.com