45 anos do Massacre de Munique – um dos episódios mais violentos da história do esporte
Há exatos 45 anos, no dia 5 de setembro de 1972, o mundo assistiu, em choque, a um dos episódios mais violentos da história do esporte. Oito jovens palestinos invadiram a vila olímpica em Munique, na Alemanha, e fizeram 11 atletas israelenses de refém.
Tudo isso durante os Jogos Olímpicos daquele ano, numa Alemanha que ainda lutava para crescer e se modernizar depois dos estragos causados pela Segunda Guerra Mundial.
A ideia dos terroristas do grupo Setembro Negro, ligado à Organização para a Libertação da Palestina (OLP), era lançar uma ofensiva contra o seu maior inimigo, Israel, num dos eventos de maior notoriedade do planeta.
O grupo exigia a libertação de 200 árabes presos em Israel. A moeda de troca era a vida dos atletas.
Lembre-se de que apenas cinco anos antes deste episódio, Israel havia vencido a Guerra dos Seis Dias (1967) e anexou a Cisjordânia e a Faixa de Gaza ao seu território.
O episódio todo é bastante estranho. Primeiro, o governo israelense se negou a negociar com os terroristas. Do outro lado, os alemães se apressaram em atender às exigências, mas com um plano secreto na manga – que deu muito errado.
As negociações começaram assim que os primeiros disparos contra os atletas israelenses foram ouvidos. Os terroristas queriam um avião para o Egito, para onde levariam também os reféns – e foram atendidos. O plano dos alemães era levar o grupo de helicóptero até uma uma base militar a oeste de Munique e de lá lançar uma ofensiva para barrar a ação dos sequestradores.
Durante a inspeção feita no avião que os levaria ao Cairo, os palestinos desconfiaram de tanta benevolência. A polícia alemã atacou o grupo. Só que a ação foi descuidada, e alguns militantes do Setembro Negro escaparam.
Foi nesse momento que a tragédia se tornou ainda pior.
Um dos terroristas, desesperado, lançou uma granada no helicóptero aonde estavam os atletas sequestrados. Todos morreram.
No total, entre terroristas, policiais e atletas, 19 pessoas perderam a vida.
Os jogos, que contaram com a presença de sete mil atletas de 122 países, foram suspensos por 34 horas. A delegação israelense se retirou em 7 de setembro com os corpos dos participantes mortos.
Depois disso, Israel lançou a operação “Ira de Deus”, para caçar e matar todos os terroristas do Setembro Negro – o que se estendeu por quase oito anos.
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Fonte: Carta Capital
Imagem: Wikipedia Commons e The Times os Israel