Bebês que nascem na prisão ajudam suas mães a se reabilitarem

Criar um filho recém-nascido atrás das grades não é o sonho de ninguém. No entanto, para as mulheres que chegaram grávidas à prisão, é um privilégio ter acesso a programas especiais que permitem com que elas fiquem com seus bebês.

O impacto positivo dos bebês na vida das prisioneiras é evidente. Na verdade, há estudos que afirmam que 33% das mães que foram separadas de seus filhos retornam à cadeia. Mas esse número cai para menos de 10% entre as mães que puderam criar seus filhos em presídios ou penitenciárias.

Jacqueline McDougall terminou em uma prisão de Nova York depois de roubar joias para comprar cocaína. Felizmente, ela conseguiu entrar no pavilhão para mães da penitenciária de Bedford Hills, onde as mulheres podem ficar com seus filhos até eles completarem 18 meses.

Ninguém que tenha sido condenado por crimes violentos ou episódios envolvendo crianças pode acessar esse programa. Apesar do grande benefício que significa poder criar seus filhos, as detentas continuam presas, por isso devem cumprir com as mesmas regras que qualquer outra condenada. Elas, por exemplo, só podem tirar três fotos das crianças por mês.

Para McDougall, ter seu filho Max na prisão teve um lado muito positivo, já que, durante o tempo em que esteve lá, conseguiu se livrar das drogas e definir o que ela queria para a sua vida. “Agora que tudo passou, sinto que, de alguma forma, isso salvou minha vida”, ela afirma.

A doutora Janet Stockheim é a responsável por examinar a cada duas semanas as crianças da prisão e afirma que, para os bebês, não se trata de uma experiência traumática porque eles criam um laço muito forte com as suas mães e não são conscientes do lugar em que estão.

De acordo com Liz Hamilton, que dirige o programa de creche na prisão, essas mães continuam tendo o estilo de vida árduo de qualquer pessoa que está presa, porque não têm sua liberdade, não podem exercer seus trabalhos nem tomar as decisões que tomariam por seus filhos se estivessem livres.

Fonte: ABC News

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