Com o que sonham os assassinos?
Por trás de todo assassino, há um mundo onírico e, mesmo que esses relatos não tenham interferência nos atos cometidos por eles, em mais de uma oportunidade as curiosas descrições de sonhos aparecem nas perícias psiquiátricas.
Essas narrativas do inconsciente servem também para descobrir os tormentos e obsessões dos acusados. Abaixo, casos emblemáticos de criminosos argentinos:
1. Arquimedes Rafael Puccio: O líder do sinistro clã que sequestrava e matava empresários sonhava sempre que era jovem, com a mesma mente e energia de seus 20 anos. Também sonhava com as mulheres que haviam passado por sua vida.
2. Carlos Eduardo Robledo Puch: O célebre serial killer, que cumpre prisão perpétua desde 1972 por ter cometido 11 assassinatos aos 20 anos de idade, tem um sonho recorrente com a liberdade. Um guarda lhe deixava livre, mas, ao sair da prisão, descobria que estava acontecendo uma guerra nuclear: era o fim da humanidade.
3. Nahir Galarza: A jovem de 19 anos que matou o namorado com dois tiros em 2017 sonha que a perseguem e a querem matar. Corre por uma rua, mas vários homens a perseguem. Se esconde, mas a veem. A sensação é de desespero.
4. Martin Lanatta: Um dos envolvidos com a tortura e assassinato de três executivos do setor farmacêutico em 2008 costuma sonhar que assiste a uma corrida de Fórmula 1 em um país árabe para o qual havia fugido. No sonho, era surpreendido pelo filho, que o abraçava emocionado.
Segundo o perito criminal Enrique De Rosa Alabaster, em geral, os acusados de cometerem assassinatos não sonham com seus crimes, porque a natureza traumática do evento faz com que eles o deixem escondido sob uma barreira. Sonhar seria compreender o horror e, em muitos casos, os assassinos com perfil psicopático não possuem brechas para serem reveladas nos sonhos.
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