EUA separam mais de 2 mil filhos de imigrantes de seus pais
Entre abril e final de maio, mais de duas mil crianças foram separadas dos seus pais enquanto tentavam entrar ilegalmente nos Estados Unidos pela fronteira com o México.
As cenas de crianças presas, chorando desesperadas pelos seus pais, deixaram o planeta em estado de choque.
Somando as separações ocorridas entre outubro de 2016 e o início deste ano, já são mais de 4.000 casos.
O Departamento de Segurança Doméstica dos EUA diz que a ação foi necessária para que os pais pudessem ser processados criminalmente. Uma fonte do Pentágono que não quis se identificar disse que "Os defensores querem que a gente ignore a lei e deem passe livre às pessoas com famílias, mas nós não livramos mais grupos inteiros de pessoas."
Pela lei dos EUA, é proibida a permanência de crianças em prisões.
Ao serem separadas de seus pais, as crianças passam a ser consideradas “menores desacompanhados” e são enviadas para instituições especializadas, onde ficam sob a tutela do Departamento de Saúde e Serviços Humanos.
A ação faz parte do polêmico pacote de “tolerância zero” adotado pela administração de Donald Trump.
A situação fez com que a ONU, líderes religiosos e diversas entidades em defesa dos direitos humanos fizessem duras críticas à operação.
Os Estados Unidos têm atualmente 100 campos de detenção ao longo da fronteira com o México. O episódio fez com que esses locais entrassem na lista de campos de concentração da Wikipedia, ao lado dos centros de extermínio mais tenebrosos do mundo (a maioria da II Guerra Mundial).
A secretária de imprensa da Casa Branca, Sarah Huckabee Sanders, e o procurador-geral dos EUA, Jeff Sessions, defenderam as ações do governo Trump com base em citações da Bíblia. Sessions garante que as crianças não estão sofrendo abusos e que a situação está longe de ser parecida com a de um campo de concentração.
Fonte: Gizmodo | Imagem: RightCowLeftCoast via Wikimedia Commons