As freiras que matavam para lavar pecados

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Por AE Brasil el 03 de November de 2022 a las 20:49 HS
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Na Irlanda, a partir de 1765, surgiu uma instituição cuja proposta era dar a oportunidade de “reforma” às mulheres que haviam cometido algum crime grave (naquela época, isso podia ser quase qualquer coisa: engravidar, rebelar-se, fazer um trabalho masculino, mendigar, viajar nos trens sem bilhete, etc).

 

Era o Asilo das Madalenas (como ficou conhecido), o qual, durante anos e sem que ninguém suspeitasse, manteve mulheres em condições degradantes de humilhação, maus-tratos, exploração e abuso.

 

O reformatório era administrado por freiras ligadas à figura de Maria Madalena. As mulheres eram tantas que a instituição criou uma fonte de sustento para as presas e religiosas: uma rede de lavanderias, na qual mulheres de todas as idades eram obrigadas a trabalhar sem salário.

 

As lavadeiras das Madalenas não eram tratadas se ficavam doentes, eram humilhadas de forma degradante, não podiam falar, eram castigadas diante da menor falha, tocadas por todos aqueles que quisessem (inclusive as irmãs), muitas vezes abusadas e, claro, proibidas de ter contato com o mundo exterior, de modo que não havia forma de fugir de seu tormento.

 

Quando, finalmente, em 1993, uma das congregações vendeu parte de seu convento a uma imobiliária, foram encontrados túmulos de 155 internas, que haviam sido enterradas em segredo.  Foi aí que veio à tona o escândalo, e o Asilo das Madalenas fechou para sempre.

 

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FONTE: culturacolectiva.com
IMAGEM: Shutterstock, Inc.