No fatídico dia das mães de 1938, Marjorie entrou numa floresta e nunca mais foi encontrada
Num domingo de dia das mães de maio de 1938, a família West acordou cedo, se preparou e foi à igreja da pequena cidade de Bradford, no estado de Nova York, nos EUA.
Depois de cumprir as obrigações religiosas, era hora de comemorar a data junto com outros amigos em um piquenique na floresta de Allegheny, a alguns quilômetros da cidade – um lugar bastante frequentado por pescadores e caçadores.
Por volta das 15h, Cecilia, a mãe, resolveu tirar um cochilo no carro. As filhas, Dorothea, de 7 anos, e Marjorie, de 4, ficaram por ali colhendo flores selvagens. O pai, Shirley, estava pescando e avisou as meninas para não se afastarem muito.
Elas ficaram nos arredores colhendo violetas. Em questão de minutos, quando Dorothea foi até o carro entregar um buquê para a mãe, Marjorie desapareceu.
Depois de procurar a filha à exaustão, os pais correram até o telefone mais próximo, a 12 quilômetros de onde estavam, para pedir ajuda à polícia.
O que ocorreu a partir daquele momento é, até hoje, 80 anos depois, um dos grandes casos sem solução dos Estados Unidos.
As buscas mobilizaram toda a região. Por meses, mais de 3.000 pessoas se revezaram na esperança de encontrar a criança. A mídia americana acompanhava o caso de perto. Todas as pessoas num raio de 450 quilômetros quadrados foram ouvidas pela polícia.
Cães farejadores conduziram os investigadores a uma trilha para cima da montanha, e depois até a estrada próxima ao parque.
Tudo que encontraram foi um buquê esmagado de violetas.
Os locais acreditam que Marjorie foi raptada na estrada. A polícia chegou a identificar dois dos três motoristas que passaram pelo local em horários próximos ao desaparecimento. Nada.
A suspeita recai sobre o terceiro motorista, que passou num esportivo em alta velocidade e não chegou a ser identificado pela polícia.
Mas também se falou em ursos, num suposto serial killer que rondou a área 30 anos antes, na moda de sequestro de crianças que assolava o país na época, nos perigosíssimos poços de petróleo escondidos na floresta - mas não se chegou a qualquer conclusão.
Pôsters alertando para o desaparecimento de uma “menina de cabelos ruivos encaracolados, sardas, e um chapéu vermelho estilo Shirley Temple” foram espalhados por toda a região.
As buscas só diminuíram cinco meses depois do ocorrido, mas, nos noticiários, Marjorie ocupou as manchetes por mais de seis anos. Até hoje a polícia recebe denúncias de pessoas que podem ser a menininha desaparecida, que hoje estaria com 84 anos (85 em junho), mas nenhuma se sustenta por muito tempo.
Muitos membros da família acreditam que Marjorie ainda está viva.
Não perca a nova temporada de NCIS: LOS ANGELES - Toda sexta às 21h40
Fonte: Narratively | Imagens: The Bradford Era/ McKean County Cold Cases