O caso Menéndez: os irmãos que assassinaram os pais e chocaram o mundo
Em 20 de agosto de 1989, José e María “Kitty” Menéndez foram encontrados mortos a tiros em sua casa, em Beverly Hills, na 722 North Elm Drive.
Seus filhos, Lyle (naquela época com 21 anos) e Erik (18) foram julgados e condenados à prisão perpétua pelos assassinatos. O caso dos irmãos Menéndez recebeu uma atenção sem precedentes da mídia e, quase 30 anos depois do ocorrido, ainda desperta curiosidade. Em especial, o que os levou a cometer esse crime?
A alegação controversa da defesa de que José Menéndez teria abusado sexualmente dos dois meninos desde uma idade precoce foi o que fez com que a opinião pública se dividisse sobre a condenação que os irmãos deveriam receber e, nos primeiros julgamentos, causou discordância entre o júri.
Os abusos sexuais cometidos foram cruéis, de acordo com os irmãos. Segundo eles, o pai Menéndez obrigou seus filhos a praticar sexo oral nele, entre outros atos desagradáveis. Lyle Menéndez disse que seu pai o estuprou repetidamente, entrando sorrateiramente no seu quarto à meia-noite.
Eles culpavam sua mãe de saber da situação e não fazer nada a respeito, justificando o seu assassinato também.
“Não acredito que eu queira, de nenhuma maneira, olhando para trás, ser o juiz e o jurado das ações do meu pai e da minha mãe”, explica Lyle, em uma entrevista ao programa Today, da NBC.
“É, de fato, um arrependimento diário, mas, ao mesmo tempo, não consigo me livrar das lembranças do que me aconteceu”, ele diz.
Lyle, hoje com 49 anos, está atualmente cumprindo sentença de prisão perpétua, na penitenciária estadual de Mule Creek, em Ione, na Califórnia, enquanto Erik, com 46, cumpre a sua no Richard J. Donovan Correctional Facility, em San Diego. Os irmãos mantém contato regular.
Eles precisam driblar os serviços de inteligência para não serem assassinados. O LEGADO BOURNE - sábado, às 20h10
Imagem: Facebook/Reprodução