Policiais brasileiros são os que mais matam e os que mais morrem
Um estudo desenvolvido em mais de 90 países pela Human Rights Watch, organização internacional de direitos humanos, revelou o trágico cenário da segurança pública no Brasil.
Por aqui, a violência policial tirou a vida de 4.226 pessoas em 2016 – 26% a mais que no ano anterior. Como resposta, 437 policiais foram mortos por facções criminosas.
São números que se aproximam de um país em guerra.
Com a aprovação de um projeto de lei, em outubro do ano passado, que impede policiais envolvidos em assassinatos de serem julgados em tribunais civis, as estatísticas negativas só aumentaram.
Policiais que defendem reformas têm sido perseguidos e punidos. Alguns chegam a ser expulsos, enquanto outros são mandados para a prisão por criticar um superior ou uma decisão do governo.
Enquanto isso, a população carcerária só cresce. O número de presos subiu 17% desde dezembro de 2014. Hoje estima-se que o país tenha 726 mil pessoas encarceradas. Nesse mesmo período, a capacidade do sistema prisional diminuiu. Em junho de 2016 havia dois presos por vaga disponível.
Em maio de 2017, estados membros da ONU fizeram 246 recomendações para aperfeiçoar o histórico dos direitos humanos no Brasil. Eles destacaram, além dos abusos policiais e no sistema prisional, e a violação dos direitos indígenas e das mulheres.
Não perca POLÍCIA AO VIVO, a nova série que irá acompanhar o trabalho das forças policiais em tempo real. Estreia segunda, 5 de Fevereiro, às 19h.
Fonte: Human Rights Watch
Imagem: Antonio Scorza/Shutterstock