Tamám Shud, um dos casos mais misteriosos da história

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Por AE Brasil el 03 de November de 2022 a las 20:49 HS
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Na manhã do dia 1º de dezembro de 1948, na ensolarada praia de Somerton, na Austrália, um casal de moradores locais avistou um homem deitado na areia, pernas estendidas, pés cruzados e um cigarro meio fumado, mas já apagado, sobre a gola de sua camisa. 


A princípio eles pensaram que ser trava de um bêbado qualquer. Mas ao chegarem mais perto, tiveram acesso ao que seria um dos casos  mais enigmáticos da história forense australiana – uma história que, quase 70 anos mais tarde, ainda não conseguiu ser explicada. 


O homem estendido na areia estava morto e pior: ninguém  - ninguém mesmo, em toda o país – era capaz de reconhecer e identificar o defunto!  


Este foi apenas o primeiro mistério. Outros ainda mais estranhos ainda estavam por vir. 


Primeiro, não havia qualquer documento de identificação junto ao corpo. Todas as etiquetas haviam sido removidas previamente das roupas. A perícia revelou morte por parada cardíaca, mas havia sangue em seu estômago e intestino, com evidências claras de envenenamento. 


Mais tarde, num pequeno bolso da calça do morto foi encontrado um pedaço de papel com a inscrição “Tamán Shud” – termos que fazem parte da coleção de poemas do escritor persa Omar Khayyam e significam “fim”, “terminado”. 


Intrigada, a polícia foi atrás do livro, e chegou a localizar a edição de onde o pedaço de papel havia sido arrancado, mas só piorou o mistério. Na parte de trás da publicação havia um número de telefone de uma enfermeira, Jessica Thomson, e um código secreto. 


A enfermeira afirmou que deu o livro a um homem chamado Alfred Boxall, que mais tarde a polícia descobriu estar vivo. Ao ver a foto do cadáver, ela quase desmaiou e se recusou a dar mais informações. 


O código secreto é uma sequência de letras aleatórias que até hoje não foi decifrada: WRGOABABD MLIAOI WTBIMPANETP MLIABOAIAQC ITTMTSAMSTGAB. 

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Pela análise do corpo, via-se que se tratava de alguém que se cuidava muito bem. Estava bem vestido, com roupas caras, bons sapatos. A aparência geral revelava alguém com perfil atlético. 


Sem conseguir desvendar o caso até hoje, a polícia fez um molde de gesso da cabeça do dorso do homem, para tentar identificá-lo no futuro. Ao longo dos anos, muitas pessoas surgiram com histórias sobre o caso, mas nada que pudesse ser comprovado.


Anos após sua morte, flores misteriosas foram continuamente depositadas sobre sua lápide. 


Em 2013, a filha de Jessica, Kate, foi à TV dizer que a mãe – falecida em 2007 - trabalhava como espiã para os soviéticos, e que o morto poderia ser seu parceiro.

 

Confira a série CASOS ARQUIVADOS, que acompanha a investigação e resolução de casos há muito tempo sem solução. Toda terça, às 23h15.

 

 

 


Fonte e imagem: The Occult Museum