Violência sexual contra mulher atinge status de “epidemia”, segundo OMS
Em um estudo publicado em dezembro de 2017, a ONU Mulheres especificou que 14 dos 25 países com as maiores taxas de feminicídio do mundo estão na América Latina e no Caribe. A estimativa é de que 1 em cada 3 mulheres com mais de 15 anos já sofreu violência sexual, o que alcança a categoria de epidemia segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde).
O feminicídio, uma palavra que até poucos anos atrás não havia no dicionário, é o “assassinato de uma mulher por causa do seu sexo” e sua existência “está diretamente relacionada a uma falta de segurança no que concerne a cidadã, a uma impunidade generalizada e a uma cultura machista que desvaloriza as mulheres”, ressalta o texto da ONU.
Honduras, o país que lidera as estatísticas, possui uma taxa de homicídio de mulheres acima de 10 para cada 100 mil habitantes, “a mais alta do mundo”.
No México, um relatório do Instituto Nacional de las Mujeres, intitulado “México Feminicida”, revelou que, em 2017, foram cometidos 12.811 homicídios contra o sexo feminino, o que fez de 2017 um dos anos mais violentos para as mulheres.
Embora o estudo da ONU não inclua o Brasil, segundo o relatório “Mapa da Violência 2015 – Homicídios de Mulheres no Brasil”, da organização intergovernamental Faculdade Latinoamericana de Ciências Sociais (FLACSO), o Brasil possui a quinta maior taxa de feminicídio do mundo.
Em termos de números absolutos, Argentina e Guatemala estão em segundo e em terceiro lugares, respectivamente.
“Falta o acesso à justiça e uma mudança nos paradigmas culturais patriarcais que naturalizam a violência contra as mulheres”, enfatizou uma porta-voz da ONU Mulheres.
No Dia Internacional da Mulher, a luta por sua liberdade e igualdade de direitos está mais atual do que nunca e, por isso, 57 países do mundo se uniram ao #8M, a greve internacional das mulheres da qual países como México e Argentina participam ativamente.
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Fonte: Huffington Post