Dieta no bolso: países que decidiram taxar a junk food
A obesidade é um problema de saúde pública tão sério que alguns países estão adotando o imposto sobre a junk food.
Assim como há lugares no mundo em que é muito caro comprar uma carteira de cigarro - para que as pessoas fumem menos -, a ideia do imposto sobre a junk food no México e na Índia tem a finalidade de fazer com que haja uma redução no consumo da chamada "comida lixo" ou "besteira", aquela cheia de gordura, com muita caloria vazia, repleta de sal, açúcar, aditivos e pobre em nutrientes.
México
Entre os mexicanos, segundo um estudo publicado pela PLOS Medicine, o imposto de 8% aplicado sobre a junk food resultou numa redução de 5,1% do consumo deste tipo de alimento desde a criação da medida, em 2014. Isso ocorreu somente entre a classe média e os mais pobres - o que equivale, na prática, a uma diminuição de apenas 25 gramas por mês. Não se sabe, no entanto, se houve uma substituição desse alimento por algo mais saudável, ou se as pessoas passaram a comer comida mais barata nas ruas.
Índia
Na Índia, a regra é nova e ainda gera debate. O seu principal alvo é a classe média, que tem poder aquisitivo para comprar a junk food. Os pobres não tem acesso e os mais ricos possuem dinheiro e educação para se alimentar de maneira mais saudável.
E no Brasil?
Será que uma medida dessas ajudaria a frear o índice crescente de sobrepeso da população brasileira? Os números mostram que o excesso de peso já atinge 52% dos adultos do país, de acordo com dados do Ministério da Saúde divulgados do ano passado. Aumentar o imposto é uma medida que, isolada, funcionaria?
Muitos acreditam que as pessoas não deixaram de comer junk food por causa do imposto. Aliado ao aumento do preço, é preciso educar e conscientizar cada vez mais as pessoas sobre a boa alimentação e as suas vantagens para a saúde.
Fontes: O Globo, The New Indian Express
Imagem: Neirfy/Shutterstock.com