A mãe do atirador de Columbine resolve falar

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Por AE Brasil el 03 de November de 2022 a las 20:49 HS
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O nascimento de um filho é um momento incrível na vida de um pai e de uma mãe. E assim foi para a norte-americana Sue Klebold, quando deu à luz seu filho Dylan. Contudo, a vida pode, às vezes, colocar verdadeiras encruzilhadas nos caminhos de pais e filhos.

 

Dezessete anos se passaram e, num terrível dia 20 de abril de 1999, Dylan, ao lado do amigo Eric, de 18 anos, foram os mentores do ataque à escola Columbine, em Denver, no Colorado, matando 12 alunos e um professor. Os dois atiradores se mataram na biblioteca e, após o episódio, foi divulgado que o plano original era explodir a escola inteira.

 

Desde então, a mãe de Dylan carrega essa sombra deixada pelo filho. A tragédia vive na memória dos Estados Unidos e é sempre mencionada quando algo parecido ocorre em qualquer parte do mundo.

 

Depois do silêncio por anos, Sue decidiu falar. Ela está lançando um livro, A Mother’s Reckoning: Living in the Aftermath of the Columbine Tragedy ("O Julgamento de uma Mãe: Vivendo após a Tragédia de Columbine", em tradução livre). Em sua obra, ela escreveu que seria melhor para o mundo se Dylan não tivesse nascido – mas não para ela.

 

"Eu não sabia que ele era um assassino. Na minha mente, eu não tinha como aceitar que ele era um assassino. Só fui acreditar depois de seis meses, quando vi o relatório da polícia."

 

"Quando eu penso no que ele fez, nas vidas que ele tirou, no trauma que ele causou... não há como mensurar isso. Eu sei que terrivelmente difícil para os que sobreviveram me ouvir falar do amor que eu sentia pelo Dylan. Mas ele era meu filho e conhecê-lo enriqueceu minha vida. Eu o amei. Ele me trouxe muitas alegrias."

 

Desde a tragédia, Sue tem se dedicado a ajudar famílias de crianças que se suicidaram. Todos os lucros do seu livro serão destinados a organizações de saúde mental.


FONTE: BBC

IMAGEN: Katherine Welles / Shutterstock.com