Os serial killers já nascem assim ou são criados?

É um grande desafio tentar entender como uma pessoa pode chegar ao extremo de assassinar outra (ou outras), das formas mais cruéis e imagináveis. Diante de tal atrocidade, a pergunta parece obrigatória: um serial killer já nasce desta forma ou se desenvolve, de acordo com fatores internos e externos?

“A violência é o resultado de um processo de desenvolvimento, uma interação permanente entre o cérebro e o meio ambiente. Se uma pessoa chega a acreditar que o mundo está contra ela, e ela está reagindo de forma exagerada a cada pequena provocação, essas reações violentas irão mais além de sua capacidade de controle, porque ela está em um modo de sobrevivência”, explica a neurologista Debra Niehoff, autora do livro “The Biology of Violence”.

Embora haja fatores do ambiente que possam contribuir para que uma pessoa psicopata vire um serial killer, especialistas tanto da psicologia quanto da psiquiatria afirmam que, na medida em que a pessoa consegue tomar decisões em relação às reações que tem diante de determinadas situações, o serial killer constrói a si mesmo.

Algumas das situações que podem desencadear esse fenômeno são: violência familiar, abandono, excesso de permissividade dos pais, incesto, abusos, estupros dentro da família, vícios dos pais, etc. “A violência é o resultado de um ciclo de realimentação complexa, mas esse ciclo pode ser quebrado. A biologia não é um destino”, acrescenta a especialista.

FONTE: zolaco.com