Atropelamento em Copacabana revela real identidade de pedófilo australiano foragido há 22 anos

O australiano Daniel Marcos Philips, de 63 anos, estava no calçadão de Copacabana, no Rio de Janeiro, quando foi atingido por um veículo desgovernado no dia 18 de janeiro.

Ele é professor de inglês e mora no Rio há mais de duas décadas. 

Quando deu entrada no hospital Miguel Couto, já em estado de coma, as autoridades brasileiras notificaram imediatamente a embaixada da Austrália. E foi aí que veio a surpresa. 

Verificando os registros, os australianos descobriram que não havia nenhum Daniel Marcos Philips que se enquadrasse no perfil descrito. A Polícia Federal da Austrália iniciou uma investigação para buscar a real identidade do homem e concluiu que o passaporte era falso.

Quando receberam as digitais do homem hospitalizado, descobriram se tratar, na verdade, de Christopher John Gott, de 63 anos, procurado há 22 anos por crimes sexuais cometidos na cidade de Darwin, no norte do país. 

Gott trabalhava como professor do ensino médio até 1994, quando foi preso após 17 denúncias de abuso sexual de crianças, incluindo o estupro de uma menor de 14 anos e de um adolescente de 16 anos. Ele foi condenado a seis anos de prisão e fugiu dois anos depois, depois de ter a liberdade condicional concedida.

No Brasil, trabalhava como professor de inglês e morava em Copacabana. 

As autoridades internacionais estão avaliando a possibilidade de extradição e Gott, mas os médicos brasileiros ao acreditam que o homem não deve sair do coma tão cedo – se sair. A Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro afirmou que o estado de saúde dele é grave.

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Fonte: G1 
Imagem: Reprodução/GloboNews