China tem campos de concentração para "desradicalização" de muçulmanos

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Por AE Brasil el 03 de November de 2022 a las 20:49 HS
China tem campos de concentração para "desradicalização" de muçulmanos-0

Após as múltiplas denúncias de assimilação forçada, o governo da China decidiu abrir as portas de seus campos de internamento para “desradicalizar” membros da minoria muçulmana em Sinkiang. Assim, a imprensa teve acesso pela primeira vez a esses tipos de instalações, repudiadas internacionalmente por organizações de direitos humanos.

Atualmente, muitos membros da minoria muçulmana uigur são detidos temporariamente nesses espaços de “desradicalização”. Vale recordar que existe uma histórica tensão entre o governo comunista chinês em Beijing e a minoria muçulmana em Sinkiang, especialmente pela pressão religiosa que exerce na República Popular. 

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Durante os últimos anos, ainda mais com o surgimento do grupo terrorista Estado Islâmico (ISIS), muitos uigures começaram a se radicalizar por meio de campanhas terroristas que demandam ao mesmo tempo liberdade religiosa e autonomia política. Existem vários casos de uigures chineses que foram capturados na Síria e Iraque enquanto brigavam nas filas do ISIS.

A partir daí, Beijing estabeleceu um intenso programa de doutrinamento massivo que, para muitos observadores internacionais, representa uma ameaça contra os uigures. Muitas organizações de Direitos Humanos acusam esse programa de assimilação forçada e pacificação em uma região estratégica com enormes jazidas de petróleo e água. 

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Beijing, por sua vez, informou que nesses centros de detenção os uigures aprendem mandarim e são capacitados para conseguir melhores trabalhos. Durante os últimos dias, a imprensa internacional pôde entrar nesses locais para mostrar como são realizadas as aulas de cozinha, música e costura. 

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Foi também permitido aos internos fazer declarações para a imprensa, sempre na companhia de um funcionário do governo chinês, “Antes eu estava infectada com o pensamento extremista e por isso usava véu”, relatou Pazalaibutuyi, uma mulher de 26 anos que foi descoberta em uma “reunião religiosa ilegal”, há cinco anos. 


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Fonte: Infobae