Esperma póstumo: um procedimento que desafia as leis humanas
Um casal britânico perdeu seu único filho em um acidente de trânsito e parecia que a tragédia não somente havia tirado a vida do filho, mas também havia frustrado a possibilidade de os dois serem avós. Eles, no entanto, não perderam as esperanças, e, em um prazo de 72 horas após a morte, conseguiram que um urologista extraísse uma mostra de esperma do corpo, com a qual puderam cumprir seu tão sonhado objetivo.
Após o procedimento, ilegal nas leis britânicas, que exigem um consentimento escrito por parte do sujeito, a família viajou para os Estados Unidos, porque também queria se assegurar que o futuro herdeiro fosse um menino. Como a seleção de sexo é proibida no Reino Unido, eles recorreram a um tratamento bastante caro na Califórnia.
“Produzir um filho com esperma póstumo é muito raro. O procedimento só foi realizado cerca de cinco vezes”, informou David Smotrich, um dos especialistas em tratamentos de fertilidade mais reconhecidos do mundo. A maioria desses casos acontece com mulheres que ficaram viúvas e realizaram um acordo prévio com seus maridos.
O profissional também declarou que não sabia como o esperma havia sido obtido e supostamente os pais haviam ido ao consultório assegurando que “era para cumprir o desejo do filho”. O médico também indicou que o casal foi muito específico quanto ao estilo da doadora do óvulo e do ventre. Queriam que ela fosse alguém com a qual seu filho teria se casado, tanto em aparência quanto em intelecto e educação.
O nascimento do bebê aconteceu em 2015, em solo norte-americano. Os avós foram nomeados legalmente pais do menor. Até agora, não se sabe o nome do especialista que fez a polêmica extração, que poderia enfrentar um eventual processo judicial. A empresa que armazenou a mostra congelada e a trasladou até os Estados Unidos também poderia ser processada.
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Fonte: Infobae