Linguística forense: a forma de falar e escrever nos delata
Muitos criminosos da história foram presos após terem sido expostos por seus próprios trejeitos. Existe uma forma única com que cada indivíduo codifica e descodifica a linguagem e se expressa com suas próprias marcas linguísticas. E não há duas pessoas que utilizem a linguagem exatamente do mesmo modo. Em geral, os peritos forenses comparam as bases de dados de textos disponíveis em busca de hábitos linguísticos similares para resolver casos.
Segundo os especialistas, a pontuação e a gramática de uma mensagem anônima podem ser suficientes para averiguar a idade, o sexo e a localização geográfica de seu autor. As diferenças no uso das palavras permitiram identificar, sem sombra de dúvidas, terroristas e criminosos de todos os tipos durante a última década.
Se a análise parte de um texto escrito, é fundamental revisar o vocabulário, os jargões, os regionalismos e inclusive os sinais de pontuação. Se a comunicação for oral, por exemplo, em uma gravação, é preciso levar em conta o ritmo, a fonética, as pausas, a entonação ou a separação entre palavras e letras.
Um dos casos mais emblemáticos é o de Ted Kaczynski, conhecido como o Unabomber, que enviava cartas-bomba a diferentes locais dos Estados Unidos. Foi seu próprio irmão que conseguiu reconhecer o estilo único de Kaczynski em um texto de sua autoria que havia sido publicado pelo FBI durante a investigação.
O que leva essas mulheres a matar? VIDAS INTERROMPIDAS - Quinta, 20h50
Fonte: Muy Interesante