Nadadora síria usa talento para evitar que outros imigrantes morram afogados
Em 2015, Sara Mardini e sua irmã mais nova, Yusra, foram destaque na imprensa nacional depois que usaram seus talentos para natação para salvar o bote que elas e mais 18 pessoas usaram para fugir da guerra na Síria.
No ano seguinte, a vida das duas se transformou: Yusra recebeu o título de embaixadora da ONU para refugiados e chegou a participar da Rio 2016. Sara ganhou uma bolsa para estudar economia e ciências sociais na Universidade de Bard, em Berlim.
Uma produtora de cinema já manifestou interesse em transformar a história das irmãs em filme, que seria dirigido por Stephen Dalry, o mesmo de sucessos como Billy Elliot e O Leitor.
Pouco depois da sua chegada, Sara se voluntariou para trabalhar com organizações não-governamentais que prestam assistência a refugiados. Ela quer evitar que mais gente morra afogada no Mediterrâneo.
Mas sua boa intenção acabou lhe rendendo um problema.
No final de agosto, a polícia grega prendeu Sara e mais 30 voluntários de ONGs sob acusação de ajudarem pessoas a entrar ilegalmente no país pela Ilha de Lesbos – que se tornou um importante centro de entrada de imigrantes e conta com centenas de acampamentos improvisados.
Por dia, cerca de 5.000 pessoas desembarcam na ilha, a maioria vinda da Síria.
Os advogados de Sara alegam que ela foi presa injustamente, e que a polícia grega está tentando criminalizar ajuda humanitária. O desfecho dessa história ainda está longe de acabar.
Eles ficarão dois meses dentro de uma cadeia nos EUA, como prisioneiros disfarçados. 60 DIAS INFILTRADOS NA PRISÃO - Sexta, a partir das 20h!
Fonte: Telegraph | Foto: Instagram/@sarahezzatmardi