Quais são os países com a justiça mais independente do mundo?

Segundo o Relatório Global de Competitividade, realizado anualmente pelo Fórum Econômico Mundial, a Nova Zelândia lidera a lista dos países com a justiça mais independente do mundo. No entanto, o panorama na América Latina é muito diferente, dependendo do país. 

O relatório foi realizado em função de uma pesquisa que analisa o quão autônomos são os juízes da influência do governo e das empresas.  A qualificação segue um índice no qual 1 significa que são muito influenciados e 7 que são totalmente independentes. 

A pontuação da Nova Zelândia, líder da pesquisa, alcança 6,7, seguida da Finlândia e da Irlanda, com 6,6 e 6,4, respectivamente, e Hong Kong e Noruega, ambos com 6,3. A autonomia de um sistema judicial depende em grande parte de como são selecionados os juízes. Um teste que meça suas qualificações, além de audiências públicas, garantem a confiabilidade do sistema. Ao contrário, quando a indicação passa pelos magistrados da Corte Suprema, há menos independência.

O Fórum Econômico Mundial, que organiza anualmente uma reunião em Davos, descreve uma grande heterogeneidade na América Latina. O Uruguai ocupa o 25º lugar, com 5,4 pontos, e é o melhor colocado, seguido do Chile (27º), Costa Rica (37°) e Brasil (55º), que têm uma média entre 5,3 e 3,9. Abaixo de 2,5 pontos estão o Peru (126°), Argentina (132°) e Paraguai (146°).

Outro fator que contribui de forma positiva é a transparência. Quando todas as decisões e os processos judiciais são acessíveis para qualquer pessoa, é mais fácil comprovar se um juiz falhou por pressão ou conveniência de alguma das partes. E também facilita o controle que a imprensa pode exercer. 

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