Serviço secreto britânico utiliza crianças espiãs para deter onda de criminalidade
Diante de aumento significativo do índice de criminalidade, a polícia e o serviço de inteligência do Reino Unido têm utilizado crianças espiãs em operações para expor terroristas, gangues e traficantes de drogas.
O comitê de Direito Humanos do Parlamento britânico vai investigar as manobras feitas na legislação do país que permitem estender o período de contratação de menores de 18 anos em serviços de inteligência e espionagem.
A preocupação é que essa manobra ponha em risco a saúde física e mental de pessoas tão jovens. “Isso vai exigir que menores de 16 anos adquiram o comportamento e a responsabilidade de representar os interesses da polícia, mas não deixa claro como eles serão protegidos”, diz o relatório.
David Videcette, um ex-detetive anti-terrorismo, afirma que trabalhou com crianças informantes e que elas continuam em atuação. “Na verdade, as crianças é quem procuram a gente porque estão envolvidas sem querer nesse universo de crime e extremismo”, explica. “Na maioria das vezes elas estão atrás de uma oportunidade de se redimirem do crime”
O serviço de inteligência diz que recruta crianças apenas como fonte, e que elas não participam dos crimes.
Os grupos de proteção dos Direitos Humanos argumentam que a aceitação de uma criança-espiã não deve ser tomada somente pela polícia ou pelos serviços de segurança. “É obrigação do governo impedir que menores de idade sejam expostos a atividades criminosas, e não enfiá-los ainda mais nesse universo”, dizem.
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Fonte: NY Times