Traumatizada com brutal assassinato da amiga, ela virou investigadora e ajudou a resolver o caso 25 anos depois

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Por AE Brasil el 03 de November de 2022 a las 20:49 HS
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A vida de Sheila Wysocki mudou radicalmente a partir do dia em que ela recebeu aquele fatídico telefonema, em 1984: sua melhor amiga, Angela Samota, de 20 anos, havia sido encontrada morta, com 18 facadas, depois de ter sido estuprada. 

Era um crime quase perfeito: não havia provas, apenas um suspeito. 

O caso teve repercussão durante o tempo, mas, conforme os anos iam se passando, foi sendo deixado de lado. Não havia provas suficientes contra o único suspeito, o arquiteto Russell Buchanan.

Mas Sheila nunca se conformou de que um assassinato tão brutal ficasse sem resposta. E assim, ela foi, aos poucos, tocando a vida e se mantendo firme no propósito de encontrar aquele que tirou a vida de sua amiga. 

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Vinte anos mais tarde, em 2004, após ser sucessivamente ignorada pela polícia, Sheila resolveu virar investigadora particular. Enquanto fazia o curso, aos 40 anos de idade, coletava relatos sobre todos os estupros ocorridos na mesma época e sobre quem foi preso, para tentar descobrir o que aconteceu.

 Mas a polícia não lhe dava abertura. 

Até que uma policial, tocada pela insistência da mulher, resolveu contribuir com as investigações. Juntas, elas conseguiram reabrir o caso e, com base na análise de DNA do material encontrado embaixo das unhas de Angela, conseguiram chegar ao autor do assassinato: um homem chamado Donald Bess, que já cumpriu pena por estupro e estava em condicional quando matou a jovem. 

Só que essa descoberta só aconteceu em 2009, 25 anos depois do assassinato de Angela. Em 1984, a tecnologia para análise de DNA praticamente não existia. 

 Donald foi julgado e condenado à prisão perpétua. Sheila viajou mais de 1.000 quilômetros para assistir ao julgamento. 

“O assassinato de Angie foi o evento mais traumático da minha vida, e eu não sabia o que fazer. Dormi no chão do quarto da minha mãe por muito tempo. Eu mudei, minha inocência se foi. Eu não consegui nem voltar à universidade”, explica ela. “Agora que ele [o assassino] está fora das ruas, penso nele apodrecendo na prisão em uma pena perpétua, mas isso não muda o fato de que ela continua morta.


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Fonte: BBC | Imagens: Elizabeth Hunter/Sheila Wysocki/Arquivo pessoal