Um exame médico que pode fazer com que não nasçam mais bebês com síndrome de Down
A maioria das pessoas tem 23 pares de cromossomos, mas, quando existe uma cópia extra do cromossomo 21, significa que há síndrome de Down. Isso quer dizer que o indivíduo tem um desenvolvimento diferente, e pode ser que haja dificuldades na aprendizagem e, eventualmente, problemas de audição, tireoide, intestino ou coração. E tudo isso se a pessoa conseguir nascer.
No Reino Unido, 90% das pessoas que descobrem essa alteração genética em seus bebês durante a gestação decidem abortar. Os exames comuns têm somente 85 a 90% de precisão, com uma margem de erro perigosa de 2,5%, enquanto os testes mais exatos (como a amniocentese) têm um alto risco de provocar abortos espontâneos.
Atualmente, há um novo teste não invasivo (chamado NIPT), que pode detectar esse tipo de alteração genética com 99% de exatidão, sem falsos positivos nem abortos espontâneos. A pergunta que se faz, então, é: como isso afeta a gravidez? Na Islândia, o exame já é bastante utilizado e quase 100% das grávidas com diagnóstico positivo optam por abortar.
Sally Phillips, a famosa atriz britânica que atua nos filmes de Bridget Jones, afirma que é difícil aceitar o fato de que há pais que não querem ter seus filhos com síndrome de Down. Olly, o mais velho de seus três filhos, tem essa alteração genética e só mudou sua família para melhor. Ele tem qualidades que outros membros da família não possuem, como estar realmente atento às pessoas e detectar o que elas sentem. Sally está de acordo com a implementação generalizada do NIPT no seu país, mas acha que as perguntas sobre como a síndrome de Down afeta a vida de um filho ou de toda a família não podem ser respondidas com um exame de sangue.
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FONTE: www.bbc.com/mundo
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