Vítimas de serial killer eram enterradas em cemitério clandestino

A polícia encontrou oito ossadas em um terreno baldio de Campo Grande (MS) de, pelo menos, 10 pessoas desaparecidas. Os crimes seriam obra de um assassino em série, que confessou 12 homicídios em cinco anos.

As ossadas foram encontradas no bairro Danúbio Azul, na região norte de Campo Grande. A polícia chegou ao cemitério clandestino por causa de uma investigação de uma rede de exploração sexual de adolescentes e tráfico de drogas no bairro.

Quem confessou ter cometido os crimes foi o jardineiro Luiz Alves Martins Filho, 49 anos, conhecido como Nando do Danúbio Azul. Ele está preso desde o dia 10 de novembro. 

Nando conhecida bem o local onde as vítimas foram enterradas, pois costumava jogar entulhos por ali por conta dos seus serviços de jardinagem, segundo apurou a polícia. 

Era um justiceiro

O delegado que conduz as investigações disse as vítimas tinham o mesmo perfil: eram usuárias de drogas, cometiam furtos leves ou se prostituíam. 

Em uma entrevista à TV Morena, o jardineiro disse que os crimes em série começaram há 5 anos. Ele contou que começou a matar depois que o primo do seu sobrinho foi morto. Nando era visto na região como um tipo de justiceiro. "Eu matava de revolta mesmo", disse ele à TV.

Durante a entrevista, ele pareceu arrependido dos seus crimes.

"Desgracei a vida de muitas mães mesmo sabendo que os filhos estavam roubando, desgracei a minha vida, cadeia é o pior inferno que tem na face da terra", completou.

A polícia acredita que o jardineiro tem traços de psicopatia, porém ele sabe da gravidade dos seus atos.

"Ele tinha noção dos atos"

"A conduta dele foge ao bom senso e demonstra claramente que ele tem perturbações e desvios, mas um outro detalhe que também é ponto comum da investigação é que ele tem perfeita noção do caráter ilícito das condutas, tanto é que manipula as pessoas e ameaça veladamente para que elas não indicassem nada a polícia", disse o delegado, segundo o G1.

A polícia acredita que Nando ainda planejava a morte de três comparsas antes de ser preso. Também há a possibilidade de a lista de vítimas aumentar com o correr das investigações.

Fonte: G1

Imagem: Zoff/Shutterstock.com